Era angustiante a sensação que ele sentia. Parecia que ele nunca tinha visto este lugar antes. Cheio de muco e vinhas para todo o lado. O lugar que lembrava não mais existia, pelo menos no mundo real, pois nos seus sonhos ele aparecia toda hora. Lembrava da sua mãe lendo livros por toda parte do castelo e de seu pai que sempre fazia experimentos nas masmorras. Lembrava também de seu irmão mais novo, que bagunçava o lugar inteiro por onde passava. Quando voltava a vida real, saindo de seus pensamentos, lembrava que eles eram de um passado distante e que a realidade era outra.
Investigou o lugar inteiro e não viu nada e nem ninguém. Então foi para o quarto onde seus pais dormiam e viu que estava um lixo completo. Teias nos cantos das paredes e poeira em tudo. Decidiu que iria limpar este lugar, para poder ter onde dormir, então ficou umas duas horas arrumando e limpando até que finalmente terminou. Quando terminou foi olhar o seu quarto, que ficava em frente ao de seus pais, então viu que também estava muito sujo e então ficou mais duas horas limpando. Quando terminou, tirou sua cama e deixou no quarto dos seus pais, em frente a cama de casal. Pegou a mesa que tinha no quarto de seus pais e colocou no lugar da cama encostado com a parede. Depois pegou a estante cheio de livros e colocou em seu quarto e assim montou um escritório. Sentou e começou a ler Frankstein.
Ficou algumas horas lendo e não terminou, pois quando algo de interessante vinha em sua mente, ele falava em voz baixa como se estivesse conversando com ele mesmo. Estava em um destes lapsos quando ouviu uma cavalaria chegando. Olhou pela janela e viu que eram uns quatro cavalos. Logo vestiu sua armadura, colocou suas espadas e seu arco nas costas e desceu para o portão. Quando viram um homem normal, com características asiáticas e de cabelo longo, com duas espadas e uma armadura, logo desceram do cavalo.
– Homem o que está fazendo aqui neste castelo?
– Senhor ele é meu! – Respondeu com um tom e gestos que faziam com que está informação fosse óbvia.
– Não pode ser. Ele está abandonado faz uns seis anos.Não mais.
– Nosso chefe mandou tomar este castelo e matar qualquer um que possa estar neste castelo.
– Então que matem.
Assim os quatro soldados e ele desembainharam suas espadas e começaram a lutar. O primeiro soldado veio. Tentou dar um golpe na barriga dele, mas com a espada maior defendeu e com a menor enfiou no peito do soldado, assim o matando. O segundo tentou dar um golpe na cabeça, mas desviou e cortou a perna do soldado e com a espada menor perfurou seu pescoço. O terceiro soldado tinha uma lança e jogou em direção a ele, porém desviou com um passo pro lado e o outro passo pulou e enfiou a espada na bochecha do soldado. O quarto ele nem defendeu e nem desviou, pois o soldado não teve tempo de reação, ele só corto sua garganta. Com o soldado no chão, gemendo de dor ele pensou: “Nunca perturbe um Shimaskiri, principalmente o Yuri”. Queria ter falado, mas o que realmente falou foi:
Prazer, Yuri, não foi uma boa ideia vocês virem aqui, né? Também achei.
E assim enfiou a espada no peito do quarto soldado acabando com seu sofrimento.
Depois disso voltou para o escritório e pensou que aquilo era só um começo. Que iriam vir mais soldados.
Quando pensou nisso a primeira sensação era de medo, mas depois pensou que poderia vir quantos quiser ele estava preparado.